Registro de autoridade
- publicado
- 16/08/19
- 13h13
- Área de Identificação
- Tipo de entidade: Pessoa
- Forma autorizada do nome: Fonseca, Manuel Deodoro da
- Outra(s) forma(s) do nome: Marechal Deodoro
- Área de Descrição
- Datas de existência: 1827-1892
- Historia:
Militar, nascido na cidade de Alagoas, atual Marechal Deodoro, estado de Alagoas, em 5 de agosto de 1827. Durante o Império participou da brigada expedicionária ao rio da Prata, do cerco a Montevidéu e da Guerra do Paraguai. Em 1885, foi presidente da província do Rio Grande do Sul. Presidiu o Clube Militar (1887-1889), comandando os setores antiescravistas do Exército. Assumiu a chefia do governo provisório da República em 15 de novembro de 1889. Por meio de eleição indireta, passou a exercer a presidência em 25 de fevereiro de 1891. Faleceu no Rio de Janeiro, em 23 de agosto de 1892.
- Contexto geral:
O fim do Império levou ao banimento da família imperial para a Europa, ato somente revertido em 1922. A proclamação do governo provisório da República, em 15 de novembro de 1889, estabeleceu, entre outras transformações, a separação entre a Igreja e o Estado, com a instituição do casamento civil e da laicização dos cemitérios. Em 1890, foi criado o Código Penal brasileiro, reformado o Código Comercial e, em 1891, promulgada a primeira Constituição republicana do país, de inspiração liberal e próxima ao modelo norte-americano. O sistema político brasileiro passou a se basear no presidencialismo, no federalismo e no regime de representatividade. Definiram-se os três poderes de governo, Executivo, Legislativo e Judiciário, extinguindo-se, consequentemente, as instituições do Império – Conselho de Estado, Poder Moderador e Senado vitalício. As leis iniciais da República regulamentaram, ainda, o uso dos símbolos nacionais – hino, bandeira, armas e selos –, bem como as datas nacionais, que incluíam o 14 de julho, em uma referência à data francesa e ao espírito republicano revolucionário. A política econômica, tendo à frente o ministro da Fazenda Rui Barbosa, foi marcada pelo “encilhamento”, que se caracterizou pelo incentivo à emissão de moeda por alguns bancos e à criação de sociedades anônimas, resultando em forte especulação financeira e na falência de bancos e empresas. A formação de um novo ministério liderado pelo barão de Lucena, político vinculado à ordem monárquica, a tentativa de centralização do poder e as resistências encontradas no meio militar conduziram o país a uma crise política, que teve seu ápice na dissolução do Congresso Nacional. Imediatamente se organizaram as forças legalistas, que levaram à renúncia de Deodoro da Fonseca em 23 de novembro de 1891.
- Área de Relacionamento
- Título do recurso relacionado: Coleção DF - Manoel Deodoro da Fonseca
- Natureza da relação: Produção
- Tipo de recurso relacionado: Material de arquivo
- Área de acesso
- Ocupação: Presidente da República
- Nota: 15.11.1889 a 23.11.1891
- Área de Controle
- Identificador do registro de autoridade: Dado não disponível
- Manutenção da entidade custodiadora: Museu Histórico Nacional
- Identificador da entidade custodiadora: BR RJMHN
- Status: Final
- Nível de detalhamento: Centro de Informações de Acervos dos Presidentes da República
- Idiomas: português do Brasil
- Localização dos acervos
Acervo: Manoel Deodoro da Fonseca
Entidade Custodiadora: Museu Histórico Nacional- Sites associados
http://dibrarq.arquivonacional.gov.br/index.php/fonseca-manoel-deodoro-da-1827-1892
- não publicado
- 16/08/19
- 13h13
- Área de Identificação
- Tipo de entidade: Pessoa
- Forma autorizada do nome: Rousseff, Dilma Vana
- Outra(s) forma(s) do nome: Dilma Rousseff
- Área de Descrição
- Datas de existência: 1947-
- Historia:
Economista, nascida em Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, em 14 de dezembro de 1947. Em 1964 iniciou o ensino médio no Colégio Estadual Central (atual Escola Estadual Governador Milton Campos), conhecido por sua tendência liberal, que o diferenciava de outras instituições de ensino na capital mineira. Aos 16 anos iniciou sua militância política, integrando organizações de combate ao regime militar. Militava nos quadros da Vanguarda Popular Revolucionária (VAR-Palmares) quando, em 1969, foi presa em São Paulo pela Operação Bandeirante (Oban) e submetida à tortura, tendo cumprido pena no presídio Tiradentes até 1972. Mudou-se no ano seguinte para Porto Alegre, onde retomou, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o curso de economia. Com a abertura política, dedicou-se à campanha pela Anistia e, em 1979, participou da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT) no Rio Grande do Sul. Trabalhou na assessoria da bancada estadual do partido (1980-1985) e, entre 1986 e 1988, foi secretária municipal de Fazenda de Porto Alegre. Em 1989 foi nomeada diretora-geral da Câmara Municipal de Porto Alegre, ano em que também participou da campanha de Leonel Brizola ao Palácio do Planalto, na primeira eleição presidencial direta após a ditadura militar. No segundo turno, apoiou o então candidato pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva. Presidiu a Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (1991-1993) e, em seguida, ocupou o cargo de secretária estadual de Minas, Energia e Comunicações, no governo de Alceu Collares (PDT), retornando ao posto no governo Olívio Dutra (1999- Dilma Rousseff 1.1.2011 - 2002), do PT. Ainda em 1998, iniciou o doutorado em economia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mas, já envolvida na campanha sucessória do governo gaúcho, não chegou a defender a tese. Filiada ao PT desde 2000, participou da equipe de transição entre os governos de Fernando Henrique Cardoso e Lula, e assumiu, em 2003, o Ministério das Minas e Energia do novo governo, quando empreendeu a reformulação do marco regulatório do setor elétrico e criou o programa Luz para Todos. Em 2005 tornou-se ministra-chefe da Casa Civil, cabendo-lhe, a partir de 2007, a gestão de programas estratégicos, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e o programa Minha Casa Minha Vida. Sua candidatura à presidência da República pela coligação Para o Brasil Seguir Mudando foi oficializada em junho de 2010, tendo como vice o presidente do PMDB, deputado federal Michel Temer (SP). Venceu as eleições no segundo turno, tornando-se a primeira presidenta do Brasil, com cerca de 56 milhões de votos. Em seu discurso de posse, a presidenta Dilma estabeleceu como prioridade a erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos os brasileiros. Comprometeu-se com a educação de qualidade, o aprimoramento da saúde pública e a garantia de segurança pública, considerados por ela fundamentais para fazer do Brasil um país de classe média sólida e empreendedora
- Área de Relacionamento
- Área de Acesso
- Ocupação: presidente da República
- Nota: 01.01.2011 a 31.08.2016
- Área de Controle
- Identificador do registro de autoridade: Dado não disponível
- Manutenção da entidade custodiadora: Arquivo Nacional (Brasil) - Sede
- Identificador da entidade custodiadora: BR RJANRIO
- Status: Final
- Nível de detalhamento: Parcial
- Localização dos acervos
Sem Acervo Cadastrado
- Sites associados
http://dibrarq.arquivonacional.gov.br/index.php/rousseff-dilma-vana
- não publicado
- 16/08/19
- 13h13
- Área de Identificação
- Tipo de entidade: Pessoa
- Forma autorizada do nome: Pessoa, Epitácio Lindolfo da Silva
- Área de Descrição
- Datas de existência: 1865-1942
- Historia:
Advogado, nascido na cidade de Umbuzeiro, no estado da Paraíba, em 23 de maio de 1865. Foi deputado à Assembleia Nacional Constituinte (1890-1891), deputado federal (1891-1893), e ministro da Justiça e Negócios Interiores (1898-1901). A partir de 1902, acumulou os cargos de procurador da República até 1905 e de ministro do Supremo Tribunal Federal até 1912. Presidiu a Junta Internacional de Jurisconsultos que analisou os projetos do Código de Direito Internacional Público e Privado. Foi senador pela Paraíba (1912-1919) e presidiu a delegação brasileira à Conferência da Paz (1918-1919), em Versalhes. Por meio de eleição direta, assumiu a presidência em 28 de julho de 1919. Após o cumprimento do período presidencial, foi senador pela Paraíba e membro da Corte Permanente de Justiça Internacional de Haia (1923-1930). Faleceu na cidade de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro, em 13 de fevereiro de 1942.
- Contexto geral:
Quando o presidente assumiu o governo, o país, segundo o censo de 1920, contava com 30.635.605 habitantes e 13.346 fábricas empregando cerca de 275 mil operários. Predominavam os bens de consumo, como tecidos, alimentos, roupas e calçados, que representavam 70% da produção. Uma nova crise mundial afetou as atividades econômicas brasileiras, provocando uma queda de quase 50% no preço do café. Epitácio Pessoa, pressionado pelos cafeicultores paulistas e mineiros, acabou intervindo no mercado, emitindo papel-moeda e, assim, garantiu a recuperação dos preços do produto. Em outubro de 1921, o governo implementou uma nova política de defesa do café, pela terceira vez na história da República, contraindo empréstimos junto à Inglaterra. A estabilização dos preços do produto foi alcançada por meio, também, da própria recuperação do ritmo da economia mundial, após a crise de 1920, pela diminuição das safras dos anos de 1922 e 1923 e pela proibição do consumo de bebidas alcoólicas nos Estados Unidos da América. A crise política desses anos expressou-se no descontentamento do Exército, na insatisfação da população urbana e nas tensões regionais das elites dominantes, quando o Rio Grande do Sul destacou-se como centro de oposição ao núcleo agrário-exportador. Em 1922, o ambiente político tornou-se bastante tenso em razão da acirrada disputa dos candidatos à sucessão de Epitácio Pessoa. As oligarquias do Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro formaram a Reação Republicana, lançando a candidatura do fluminense Nilo Peçanha. Essa indicação rompeu o acordo firmado entre São Paulo e Minas Gerais, que estabeleceu a indicação do mineiro Artur Bernardes para a presidência, já definindo o paulista Washington Luís para sucedê-lo. A campanha eleitoral de Artur Bernardes contra Nilo Peçanha, que novamente concorria à presidência, foi considerada uma das mais exacerbadas da República Velha. Epitácio Pessoa enfrentou em seu governo a crise política gerada pela exigência do Clube Militar, comandado pelo marechal Hermes da Fonseca, de renúncia da candidatura à presidência de Artur Bernardes, ao julgar autênticas as cartas publicadas pelo jornal Correio da Manhã, falsamente atribuídas a Bernardes, nas quais eram atacados o ex-presidente Hermes da Fonseca e o Exército. O fechamento do Clube Militar e a prisão de Hermes da Fonseca, ocorridos em 2 de julho de 1922, desencadearam, quatro dias mais tarde, a Revolta do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, já sob a vigência do decreto de estado de sítio que atingia todo o país. A expectativa era deflagrar uma revolução militar, porém os demais fortes da cidade não aderiram ao movimento e as tropas legalistas atacaram o Forte de Copacabana, matando 271 dos 301 militares rebelados. Ficou conhecida como os “18 do Forte” a marcha para a morte de 16 militares acompanhados de dois civis, que partindo do forte atravessaram a avenida Atlântica para enfrentar as tropas do governo. O saldo foi de apenas dois sobreviventes: os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes. Esse episódio marcou o início do longo movimento de rebelião que atingiria o país, denominado de tenentismo.
- Área de Relacionamento
- Título do recurso relacionado: Fundo/Coleção ACP55 - Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa
- Natureza da relação: Produção
- Tipo de recurso relacionado: Material de arquivo
- Título do recurso relacionado: Coleção EP - Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa
- Natureza da relação: Produção
- Tipo de recurso relacionado: Material de arquivo
- Área de Acesso
- Ocupação: presidente da República
- Nota: 28.07.1919 a 15.11.1922
- Área de Controle
- Identificador do registro de autoridade: Dado não disponível
- Manutenção da entidade custodiadora: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
- Identificador da entidade custodiadora: BR RJIHGB; BR RJMRAHI
- Status: Final
- Nível de detalhamento: Parcial
- Idiomas: português do Brasil
- Localização dos acervos
Acervo: Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa ; Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa 2
Entidade Custodiadora: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro ; Museu da República- Sites associados
http://dibrarq.arquivonacional.gov.br/index.php/pessoa-epitacio-lindolfo-da-silva-1865-1942
- não publicado
- 16/08/19
- 13h13
- Área de Identificação
- Tipo de entidade: Pessoa
- Forma autorizada do nome: Médici, Emílio Garrastazzu
- Área de Descrição
- Datas de existência: 1905 - 1985
- Historia:
Militar, nascido na cidade de Bagé, estado do Rio Grande do Sul, em 4 de dezembro de 1905. Estudou no Colégio Militar de Porto Alegre, na Escola Militar do Realengo, na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Tenente do 12o Regimento de Cavalaria, em Bagé, apoiou a Revolução de 1930 e, em 1932, aliou-se às forças que lutaram contra a Revolução Constitucionalista de São Paulo. Comandante da Academia Militar das Agulhas Negras, apoiou o golpe de 1964. Nomeado adido militar em Washington, exerceu também a função de delegado brasileiro na Junta Interamericana de Defesa Brasil-Estados Unidos. Foi chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI) em 1967 e comandante do III Exército, no Rio Grande do Sul, em 1969. Com o afastamento de Costa e Silva, teve seu nome indicado pelo Alto Comando do Exército à sucessão presidencial. Através de eleição indireta, passou a exercer o cargo de presidente da República em 30 de outubro de 1969. Faleceu no Rio de Janeiro, em 9 de outubro de 1985.
- Contexto geral:
Com a posse do presidente Médici, entrou em vigor a emenda constitucional no 1, que se denominou “Constituição da República Federativa do Brasil” e incorporou as medidas de exceção previstas no ato institucional no 5 (AI-5). O período foi marcado pelo recrudescimento da repressão política, da censura aos meios de comunicação e pelas denúncias de tortura aos presos políticos. A esquerda intensificou sua ação, com várias organizações optando pela luta armada. Durante o governo Médici, foram combatidos dois focos de guerrilha rural: Ribeira, em São Paulo, e Araguaia, no Pará. Verificou-se também a intensificação da guerrilha urbana, com assaltos a bancos, sequestro de aviões e de diplomatas estrangeiros. Em resposta à radicalização das organizações armadas de esquerda, o governo transferiu o comando das operações repressivas para a recém-criada Operação Bandeirantes (Oban), em São Paulo, que passou a se chamar Comando de Operações de Defesa Interna (CODI) e coordenava as atividades dos Departamentos de Operações e Informações (DOIs). O aparato repressivo do governo contava, ainda, com os centros de informação das forças armadas: o Ciex, do Exército, o Cenimar, da Marinha, e o Cisa, da Aeronáutica. Nesse período, assistiuse à desestruturação das organizações de esquerda, com a prisão, exílio ou morte de seus principais líderes. Na área econômica, numa conjuntura internacional favorável, observou-se o chamado “milagre brasileiro”, que consistiu na grande expansão da economia brasileira, expressa no vertiginoso crescimento do PIB, na estabilização dos índices inflacionários, na expansão da indústria, do emprego e do mercado interno. Em outubro de 1970, o Brasil obteve do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) o maior empréstimo até então concedido a um país da América Latina. Em 1972 foi inaugurada a refinaria de petróleo de Paulínia, em São Paulo, a maior do país e, em 1973, o Brasil assinou dois importantes acordos: com a Bolívia, para a construção de um gasoduto entre Santa Cruz de la Sierra e Paulínia, e com o Paraguai, para a construção da usina hidrelétrica de Itaipu. No ano seguinte, foi inaugurada a ponte que liga o Rio de Janeiro a Niterói.
- Área de Relacionamento
- Título do recurso relacionado: Fundo/Coleção 117 - Emílio Garrastazu Médici
- Natureza da relação: Produção
- Tipo de recurso relacionado: Material de arquivo
- Área de Acesso
- Ocupação: presidente da República
- Nota: 30.10.1969 a 15.03.1974
- Área de Controle
- Identificador do registro de autoridade: Dado não disponível
- Manutenção da entidade custodiadora: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
- Identificador da entidade custodiadora: BR RJIHGB
- Status: Final
- Nível de detalhamento: Parcial
- Idiomas: português do Brasil
- Localização dos acervos
Sem Acervo Cadastrado
- Sites associados
http://dibrarq.arquivonacional.gov.br/index.php/medici-emilio-garrastazzu
- não publicado
- 16/08/19
- 13h13
- Área de Identificação
- Tipo de entidade: Pessoa
- Forma autorizada do nome: Geisel, Ernesto Beckmann
- Área de Descrição
- Datas de existência: 1908-1996
- Historia:
Militar, nascido na cidade de Bento Gonçalves, estado do Rio Grande do Sul, em 3 de agosto de 1908. Estudou no Colégio Militar de Porto Alegre, na Escola Militar do Realengo, na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e na Escola de Comando do Estado-Maior do Exército. Apoiou a Revolução de 1930 e em 1932 aliou-se às forças que lutaram contra a Revolução Constitucionalista de São Paulo. Foi secretário-geral do Conselho de Segurança Nacional (1946- 1947), adido militar junto à embaixada do Brasil no Uruguai (1947-1950), adjunto do Estado-Maior das Forças Armadas (1950-1952), subchefe do Gabinete Militar no governo Café Filho (1955), chefe da Seção de Informações do Estado-Maior do Exército (1957-1961), cargo que acumulou com o de representante do Ministério da Guerra no Conselho Nacional do Petróleo, e chefe do Gabinete Militar do presidente Ranieri Mazzilli (1961). Participou do movimento político-militar que originou o golpe de 1964, tendo sido nomeado chefe do Gabinete Militar do presidente Castelo Branco (1964-1967). Promovido a general-de-exército em 1966, foi ministro do Supremo Tribunal Militar (1967-1969) e presidente da Petrobras (1969-1973). Através de eleição indireta passou a exercer o cargo de presidente da República em 15 de março de 1974. Em junho de 1980 tornouse presidente da Norquisa-Nordeste e, nessa qualidade, do Conselho de Administração da Companhia Petroquímica do Nordeste (Copene). Faleceu no Rio de Janeiro, em 12 de setembro de 1996.
- Contexto geral:
O governo Geisel foi marcado, desde seu início, pelo processo denominado pelo próprio presidente como de distensão lenta, gradual e segura, com vistas à reimplantação do sistema democrático no país. O binômio desenvolvimento e segurança, formulado pela ESG, foi mantido durante seu governo, caracterizado pela convivência entre uma política de tendência liberalizante e a atuação dos órgãos de segurança implantados após o golpe militar de 1964. Em 1974, o governo permitiu a realização de propaganda eleitoral, proibida desde a edição do AI-5, e os candidatos do MDB à Câmara dos Deputados e ao Senado obtiveram uma expressiva vitória nos principais estados do país, aumentando consideravelmente a bancada oposicionista nas duas casas. No início desse ano havia expirado o prazo de suspensão dos direitos políticos dos primeiros cassados pelo AI-1, como os ex-presidentes Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros e, em 1975, teve fim a censura prévia ao jornal O Estado de S. Paulo, medida estendida mais tarde a outros órgãos da imprensa. As iniciativas liberalizantes não evitaram, entretanto, os recuos autoritários do governo, registrando-se, durante todo o período Geisel, a repressão às organizações clandestinas e ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e a utilização, em diversas ocasiões, do AI-5. A morte por enforcamento do jornalista Vladimir Herzog, ainda em 1975, nas dependências do DOI-CODI de São Paulo, resultou em manifestações políticas contra o governo e evidenciou a existência de divergências com os setores militares contestadores da política de distensão. No ano seguinte, a morte do operário Manuel Fiel Filho, no mesmo local e nas mesmas condições, levaria à exoneração do comandante do II Exército, general Ednardo D’Ávila Melo, e ao confronto entre o governo e os militares que se opunham ao processo de abertura do regime. As relações entre a Igreja e o governo acirraram-se, em 1976, com o sequestro do bispo de Nova Iguaçu (RJ), dom Adriano Hipólito, e o assassinato do padre João Bosco Burnier, em Mato Grosso, ambos envolvidos na formação de comunidades eclesiais de base e em movimentos populares. Ainda em 1976, foi elaborada a Lei Falcão, que alterou a propaganda eleitoral, impedindo o aparecimento de candidatos ao vivo no rádio e na televisão. Em 1977, o Congresso Nacional foi fechado por 14 dias, em virtude da não aprovação da proposta de reforma do Poder Judiciário encaminhada pelo governo. Para assegurar a maioria governista no Legislativo, instituiu-se, em seguida, o chamado “pacote de abril”, que incluía uma série de medidas, dentre as quais a manutenção de eleição indiretas para governadores; a eleição indireta de um terço dos membros do Senado, que resultaria na criação da figura do “senador biônico”; a ampliação das restrições impostas pela Lei Falcão e a extensão do mandato do sucessor de Geisel para seis anos. Em outubro desse mesmo ano, foi demitido o ministro do Exército, general Sílvio Frota, cuja candidatura à sucessão presidencial era articulada por setores militares identificados com a chamada linha-dura. Registrouse, em maio de 1978, a primeira greve de operários metalúrgicos desde 1964, em São Bernardo do Campo, salientando-se, na ocasião, a liderança de Luiz Inácio da Silva, o Lula, presidente do sindicato da categoria. Desde o início do governo Geisel, imprimiu-se nova orientação à política externa brasileira, substituindo-se o alinhamento automático com os Estados Unidos, privilegiado nos períodos anteriores, pela ampliação de relações diplomáticas e comerciais com países da África, Ásia e Europa. Nesse sentido, o Brasil foi o primeiro país a reconhecer o governo português formado em seguida à derrubada da ditadura salazarista, em 25 de abril de 1974; foram reatadas relações com a República Popular da China e estabelecidas embaixadas em Angola, Moçambique, Guiné Equatorial, entre outras iniciativas. No que se refere à política econômica, as principais metas do governo Geisel foram estabelecidas no II Plano Nacional de Desenvolvimento, que priorizava os investimentos no setor energético e em indústrias básicas, com o intuito de adequar a economia à crise internacional do petróleo e ao estágio de desenvolvimento industrial do país, e de reduzir o capital estrangeiro em setores considerados infraestruturais. Nesse sentido, foi lançado, em 1975, o Programa Nacional do Álcool (Proálcool) e assinado o acordo nuclear Brasil-Alemanha. O plano econômico do governo ressentiu-se, entretanto, do impacto da crise do petróleo, do aumento da dívida externa e do desequilíbrio da balança de pagamentos. Nesse contexto, uma das medidas defendidas pelo governo, em outubro de 1975, foi a adoção de contratos de risco entre a Petrobras e empresas estrangeiras para a prospecção de petróleo no país. Em 1978, no final do governo Geisel, os principais problemas da economia continuavam sendo o crescimento da taxa de inflação e da dívida externa. Em 31 de dezembro de 1978, o presidente Geisel revogou o AI-5, dando um passo decisivo no processo de redemocratização do país.
- Área de Relacionamento
- Título do recurso relacionado: Fundo/Coleção EG - Ernesto Geisel
- Natureza da relação: Produção
- Tipo de recurso relacionado: Material de arquivo
- Título do recurso relacionado: Coleção EG - Ernesto Geisel
- Natureza da relação: Produção
- Tipo de recurso relacionado: Material de arquivo
- Área de Acesso
- Ocupação: presidente da República
- Nota: 15.03.1974 a 15.03.1979
- Área de Controle
- Identificador do registro de autoridade: Dado não disponível
- Manutenção da entidade custodiadora: Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil FGV
- Identificador da entidade custodiadora: BR RJCPDOC; BR RJMHN
- Status: Final
- Nível de detalhamento: Completo
- Idiomas: português do Brasil
- Localização dos acervos
Acervo: Ernesto Geisel ; Ernesto Geisel 2
Entidade Custodiadora: CPDOC ; Museu Histórico Nacional- Sites associados
http://dibrarq.arquivonacional.gov.br/index.php/geisel-ernesto-1908-1996